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Jorge Barbosa: Um poeta notável da literatura cabo-verdiana

Jorge Barbosa: Um poeta notável da literatura cabo-verdiana

Considerado um dos pilares da poesia cabo-verdiana moderna, Jorge Barbosa, pseudónimo de Jorge Veracruz Barbosa, foi um poeta e escritor cabo-verdiano nascido em 1902 na Praia, na ilha de Santiago.

As obras deste escritor distinguem-se pela profundidade dos sentimentos, pela riqueza do vocabulário e pela exploração de temas universais como o amor, a saudade, o estatuto social, a identidade, a cultura cabo-verdiana e a relação com o mar.

Quanto ao estilo de suas obras, Barbosa escreveu poesia lírica e narrativa, marcada pela musicalidade, simplicidade e uso de linguagem coloquial.

As suas obras mais notáveis são: Arquipélago (1947): Coletânea de poemas que marca o início da sua carreira literária; Ronda (1953): Segundo livro de poemas, com forte presença da temática do mar; O Cais da Saudade (1962): Poemas que tratam da saudade da terra natal e da sua condição de imigrante; e A Terceira Fase (1968): Reflexões sobre a vida, a morte e o sentido da existência.

Quanto a prémios, Jorge Barbosa ganhou o Prémio Eugénio de Castro (1963) pelo seu livro “O Cais da Saudade”.

Relativamente à importância da sua obra, importa dizer que é um dos principais nomes da poesia cabo-verdiana moderna. A sua obra influenciou e continua a influenciar gerações de escritores cabo-verdianos e não só, tendo contribuído largamente para a afirmação da literatura cabo-verdiana no panorama internacional.

Como curiosidade, as suas obras já foram traduzidas para espanhol e podem ser encontradas à venda nas Ilhas Canárias e também em Portugal.

Reconhecido pela sua voz autêntica e pela capacidade de exprimir os sentimentos do povo cabo-verdiano, a obra de Jorge Barbosa deixa um legado que continua a ser muito lido e apreciado em Cabo Verde. Considerado património cultural da nação cabo-verdiana, o seu nome está presente em ruas, avenidas, auditório nacional, notas e bibliotecas do país.

Recentemente, foi inaugurado um busto e uma rampa em sua homenagem, em frente ao Ministério das Finanças (local onde residiu), pelo Vice-Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças, Olavo Correia, que afirmou na altura que “é uma obrigação homenagear, reconhecer e valorizar Jorge Barbosa e os poetas de Cabo Verde”.

Segundo Olavo Correia, “a homenagem é mais do que uma homenagem, é um reconhecimento do valor inestimável da cultura cabo-verdiana. E é também, segundo ele, uma obrigação de reconhecer e valorizar a nossa cultura. Porque só tem futuro quem tem um passado, uma história e, sobretudo, quem sabe valorizar a sua história e a sua cultura”, disse.

Marcada pela sua profundidade, beleza e compromisso com a realidade social, a obra de Jorge Barbosa continua a inspirar leitores e escritores até aos dias de hoje.

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