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Banco Mundial aponta a “dependência excessiva” do turismo e a “dívida pública” como vulnerabilidades de Cabo Verde

Banco Mundial aponta a “dependência excessiva” do turismo e a “dívida pública” como vulnerabilidades de Cabo Verde

O economista para Cabo Verde do Banco Mundial (BM) alertou esta segunda-feira, 10 de outubro, no Mindelo, para as vulnerabilidades da economia cabo-verdiana, citando como exemplos a “excessiva dependência” do turismo e a situação da dívida pública, que “continua elevada”.

Rosa Brito falava à imprensa no lançamento do Relatório de Atualização Económica de Cabo Verde’24, um documento em que o Banco Mundial analisa o estado atual da economia cabo-verdiana e apresenta opções políticas para acelerar a consolidação fiscal, reduzir as vulnerabilidades da dívida e impulsionar o crescimento.

“Basicamente o que tem contribuído para esta elevada dívida é o elevado peso das empresas do sector empresarial do Estado no orçamento, mas isto é algo em que o governo tem estado a trabalhar e com o apoio do Banco Mundial temos estado a verificar o que pode ser feito para reduzir estas vulnerabilidades, e vamos apresentar aqui hoje algumas opções políticas para isso”, explicou.

Segundo a mesma fonte, uma das opções políticas que pode ser adoptada é uma melhor gestão e planeamento das dívidas contraídas e a redução da dependência das empresas públicas.

“Há um programa de reformas, como sabes, em curso, que possivelmente ajudará a resolver esta situação, e também a mobilização de mais receitas internas, políticas de mobilização de receitas internas, o que reduzirá a dependência do país de empréstimos externos”, acrescentou.

Para Rosa Brito, o Banco Mundial sugere políticas de mobilização de receitas, uma melhor gestão da dívida e dá também algumas recomendações para diversificar a economia.

Daí, explicou, a introdução do capítulo temático sobre a Economia Azul no Relatório de Atualização Económica de Cabo Verde’24, porque oferece oportunidades de diversificação para além do sector do turismo, neste caso a aquacultura e melhorias no sector das pescas.

De acordo com o economista do Banco Mundial para Cabo Verde, o Economic Report Update é um documento que o Banco Mundial prepara todos os dias.

Afirma que, em 2023, o crescimento económico foi de 5,1 por cento (%), o que representa um abrandamento em relação a 2022, ano em que se registou um crescimento de 17,4 por cento.

“Isto é normal porque estamos a partir de um ano em que o crescimento foi muito bom, portanto é o efeito de base, digamos assim. Mas o turismo continua a ser o motor do desenvolvimento da economia cabo-verdiana”, disse, salientando que em 2023 o número de turistas em Cabo Verde ultrapassará um milhão.

Fonte: Inforpress