Cabo Verde Digital: “Uma história de sucesso”
Desde 2020, a Cabo Verde Digital tem trabalhado para promover ambientes favoráveis aos negócios através da tecnologia. Desde então, 100 startups foram incubadas durante as 4 edições e 200 jovens foram beneficiados. A nível nacional, o programa já recebeu cerca de 500 startups, com um total de cerca de mil jovens.
A missão do programa CV Digital é promover vários programas e iniciativas com ênfase no financiamento, na formação de competências digitais, na criação de espaços de networking, na facilitação de infra-estruturas tecnológicas, no acesso ao mercado, bem como na defesa junto do governo da isenção de certas taxas e impostos.
Ao longo dos anos, vários programas como o Bolsa Cabo Verde Digital, Go Global e Rivent marcaram o mundo tecnológico em Cabo Verde.
A Bolsa Cabo Verde Digital, segundo o coordenador da CV Digital, Cabral, tem sido um programa de pré-incubação de ideias que usa a tecnologia para resolver problemas em qualquer área desde que tenha a tecnologia na sua base.
Este programa, que gere cerca de 15 iniciativas e está 90% online, tem como objetivo tornar o país numa referência no desenvolvimento, na economia digital e destacar Cabo Verde como um modelo de inovação e conhecimento na sub-região.
Refira-se ainda que este programa, com a duração de três meses, prevê sempre um apoio financeiro de 60.000 contos, para além de os participantes receberem também mentoria, formação e assistência técnica durante o período do programa.
A título de curiosidade, as inscrições para esta 5ª edição estão abertas desde maio, sendo o último dia de inscrições até amanhã, 19 de junho. Nesta edição, o programa vai beneficiar 50 empreendedores e, como habitualmente, 25 promotores de start-ups.
Para além do programa Bolsa CV Digita, existe também o Go Global. Cria oportunidades para os empreendedores e start-ups cabo-verdianos acederem a fóruns internacionais.
O Reivent, por outro lado, é outro programa de inovação aberta que se centra na identificação de problemas num determinado sector e na sua conversão em enunciados de problemas, em que se promove uma dinâmica de co-criação de soluções para resolver os problemas apresentados e, assim, mobilizar recursos para financiar esses projectos.
Destes três programas, a Bolsa Cabo Verde Digital, tendo por base as quatro edições já realizadas e os resultados alcançados e os jovens atingidos, é sem dúvida um caso de sucesso. Sublinha o coordenador do programa Cabo Verde Digital, Milson Cabral.
Cabral dá também como exemplo a história de sucesso do jovem audodidacta cabo-verdiano Marcelo. Este jovem, que apenas completou o ensino secundário, sempre esteve ligado ao CV Digital porque o vê como um lugar onde pode aprender e crescer naquilo que gostaria de ser no futuro.
Ao iniciar o seu processo de auto-desenvolvimento das suas competências, Marcelo cresceu rapidamente em termos de aquisição de experiência e de soft skills, o que lhe valeu um emprego na área do desenvolvimento de software. Hoje, com menos de vinte e cinco anos, Marcelo trabalha para empresas nacionais e internacionais.
Para além da Cabo Verde Digital, este jovem já passou por programas de formação em universidades americanas como Harvard e está sempre em contacto com grandes empresas em várias partes do mundo.
O exemplo do Marcelo é apenas um de tantos jovens que, com poucas oportunidades, estão a despertar rapidamente para o mundo, mergulhando a fundo no mundo tecnológico que tem vindo a ganhar cada vez mais força e poder nos últimos anos.
