Germano Almeida: o escritor de influência da Lusofonia
Germano Almeida é um escritor cabo-verdiano, aclamado como um dos autores mais importantes da literatura lusófona contemporânea. Natural da ilha da Boa Vista, Almeida co-fundou a revista literária “Ponto & Vírgula” e fundou a editora “Ilhéu”.
Se formou em Direito pela Universidade de Lisboa e atuou na área da advocacia, foi deputado e Procurador-Geral da República de Cabo Verde, e a muito tem se dedicado à literatura.
Relativamente as suas obras literárias, Germano Almeida escreveu romances, contos e crónicas, explorando temas como identidade cabo-verdiana, imigração, política e vida social.
Seu estilo é marcado pelo humor, ironia e linguagem rica e expressiva. As suas obras se encontram traduzidas em diversas línguas como japonês, chines, dinamarquês, norueguês, sueco, alemão, francês, inglês, espanhol e italiano, expandindo seu alcance internacional e permitindo que leitores de diferentes culturas apreciem sua escrita única e aclamado pela crítica internacional.
Prémios e Reconhecimento
Recebeu o prestigioso Prémio Camões em 2018, consagrando sua carreira literária. Coleciona outros prêmios importantes, como o Prémio José Craveirinha de Literatura e o Prémio Literário do Expresso/Gulbenkian e foi condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique (Portugal).
Em 2022, Almeida recebeu o Prémio Vergílio Ferreira, um dos mais prestigiosos prêmios literários de Portugal, por sua “contribuição notável para a literatura portuguesa”.
As suas obras têm contribuído significativamente para a compreensão da cultura e história de Cabo Verde, e a sua escrita original, bem-humorada e engajada o coloca como um dos grandes nomes da literatura lusófona.
Obras Notáveis
Em termos de romance temos os livros “O Testamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo”, “A Família Trago”, “O Espelho das Espelhadas”, “O Mar na Lajinha”, “Os Dois Irmãos” e recentamente “Infortúnios de um Governador nos Trópicos”.
A nível de contos temos “Estórias Contadas”, “O Dia das Calças Roladas” e “Missão Particular”. Relativamente as crónicas temos “Perdoem-nos as Mússas” e “Crónicas do Atlântico”.
De todas as suas obras que são no total 16 livros, dos mais notáveis se destacam “O Fiel Defunto”, “Os Espinhos da Paixão” e os “Dois irmãos” que até tem um filme sobre.
O último livro publicado foi em 2023, intitulado “Infortúnios de um Governador nos Trópicos”, é um romance e inclui um misto de sátira social e política que explora os desafios do poder e da corrupção. A obra recebeu críticas positivas e consolidou a posição de Almeida como um dos principais autores da lusofonia.
No tocante a eventos literários, Almeida participa frequentemente de eventos literários, como feiras de livros, palestras e workshops, tanto em Cabo Verde quanto no exterior. Nesses eventos, ele compartilha suas reflexões sobre literatura, cultura e sociedade com o público.
O mesmo é membro da Academia Brasileira de Letras desde 2021, ocupando a Cadeira 36. Na Academia, ele participa ativamente de atividades literárias e contribui para o debate sobre o futuro da língua portuguesa.
De dizer que o escritor Germano Almeida se engaja em diversas causas sociais, utilizando sua voz para defender as causas sociais e contribuindo com suas visões do mundo em debates sobre o futuro da língua portuguesa, os direitos humanos, a justiça social e a proteção do meio ambiente.
Almeida com o passar dos anos, ainda continua a ser um autor prolífico e engajado, tanto na literatura quanto na sociedade, e a sua obra continua a ser traduzida e premiada, e sua voz respeitada em todo o mundo lusófono.
Atualmente vive em São Vicente na cidade do Mindelo e tem 73 anos de idade.
